Tela de game desenvolvido pela empresa brasileira Behold Studios: brasileiros representam 10% dos jogadores dos produtos da empresa, que chegou a ser fechada e depois reaberta pelos sócios
(foto: Behold Studios/Divulgação)
Controlar mísseis para acertar alvos no monitor. Esse era o objetivo de um dos primeiros jogos eletrônicos interativos da história: o dispositivo para diversão de tubo de raios foi criado pelos físicos Thomas Goldsmith e Estle Ray Mann nos anos 1940. Nas décadas seguintes surgiram os primeiros jogos de computador, como “Bertie The Brain”, “Tennis for Two” e “Spacewar”. Já nos anos 1970 os games chegaram aos fliperamas e nas casas, abrindo espaço para a criação de uma nova e MEGA indústria.
A indústria dos games começa a decolar nos anos 1970 com a febre dos fliperamas e o lançamento dos primeiros consoles domésticos, como “Odyssey” e “Atari”. Nos anos 1980, a ascensão do computador pessoal e a chegada do console “Nes”, da empresa japonesa Nintendo, consolidam o sucesso dos jogos eletrônicos.
Analisando globalmente, podemos dizer que a indústria de games é quase tão grande como a indústria de filmes: pela captação, produção, tecnologia e investimentos envolvidos assim como o consumo do conteúdo. Atualmente o mercado mundial de games movimenta mais de cem bilhões de dólares por ano, sendo maior do que os mercados de cinema e música juntos.
Esse cenário fica mais expressivo o consumo do conteúdo de games após a entrada da modalidade como um esporte, e trouxe uma mudança para o mercado com investimentos milionários.
Dados divulgados recentemente pela Newzoo (https://newzoo.com/) mostram que em 2017 o Brasil teve cerca de 66,3 milhões de jogadores de games. Os negócios nessa área movimentaram quase US$ 1,3 bilhão. Com isso, o Brasil já é o 13º no ranking global e o número 1 entre os latino-americanos. Para este ano, segundo a pesquisa, serão 75,7 milhões de gamers que devem gerar US$ 1,5 bilhão em negócios.
O crescimento do número de jogadores tem atraído mais empresas desenvolvedoras. O Ministério da Cultura junto com o Luiz Ojima Sakuda, da FEI fizeram o 2º Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais e os primeiros dados mostram que o Brasil tem 375 empresas no segmento de produção de games. Esse número representa um crescimento de 180% em comparação aos dados de quatro anos atrás, quando o censo foi patrocinado pelo BNDES e aponto para um total de 133 empresas.